terça-feira, julho 10, 2007

Vamos buscar realidade? Não há vitória sobre cansaço, eu vivo em cima do salto, meu pé é de carne e sangue-não-vulgar, estou com bolha. Cansei. A vida é dura, eu sou dura e rapadura não é mole. Vou fincar agulha e não quero alfinete pra segurar enfeite. De que vale meus dias claros e noites em claro de olhos arregalados no escuro? Beleza maquiada a gente joga pelo ralo. Quero cara limpa, coragem limpa pra cuidar de versos limpos. Estou em crônica, criando em prosa e viciada no que se diz concreto. Já era, abstrair o lirismo. Encarei o macho na fêmea e encontrei muito mais instinto humano assexuado que a separação de sexos em mim e nos bilhões que resistem o mundo. Não sou monossilábica, não sou lésbica e nada tenho contra. Ao contrário disso, acompanho desejos híbridos, diretos, proliferados, unilaterais e grito nas diversas sílabas que provem; a vida é curta, o choque é forte e o importante é viver. Sentir prazer é um dom. O dom é uma arte. Viva Epicuro!

armar
até rimar
armar
arte minar

ostentar
tentar
armar ar

marte
até
mar

ostentar
tentar
amarrar

arte minar
amar terminar

ostentar
tentar
ramar ar
amar
até minar
arte no ar

Um comentário:

Anônimo disse...

TEM GENTE QUE GOSTA DE JAZ
TEM QUEM GOSTE DA SOLIDÃO.
TEM HARMONIAS RASAS E INCONCLUSAS.

EU NÃO DANÇO CONFORME A MÚSICA.
QUEM COMPÕE MINHA MÚSICA SOU EU.

QUANDO CHEGAR À REAL-IDADE ME PROCURE.
PASSAR BEM.