No céu
Suas pálidas pétalas
exprimem candura
da semente nua.
Brocha
quando a maré toca.
O céu no breu se eleva
e todo pudor entrega.
Exala tamanho a doçura
Enfeitiça toda criatura
Resvala gotas cruas.
Suspensa por mãos sem luva
em castiçal no topo
somente a flor da lua.
paragem
lá distante jaz um ponto
no caminho faz um fio
mais adiante um traço largo
se desisto nada acho.
eu insisto em não cegar
vou correr para avistar
se por um triz não caio no gancho
eu tropeço e engasgo e engasgo e me rasgo.
resolvo ficar parada.
só murmúrio meu tormento
que não ouve o eco eco eco eco
ecoa latente.
Vida minha
Resumo minha vida
em um arroio danado
de pedras póstumas
que não dificulta nada
De águas inventadas
novas e próximas
na divisão que faz
da fossa e faça
Da nascente
me acho
e desaguo.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
A reunião
Postado por Dani Morreale Diniz às 2:25 PM
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7 comentários:
Majestosa a tua poesia sabia...
Bom ler-te...
Abraço!
Suas palavras continuam sendo o acalanto da minha dor...
Versos intensos e verdadeiros que tocam a minha alma como a brisa do mar no crepusculo
Sócrates
Lindo, lindo... voltarei aqui mais vezes, moça. Beijo pr'ocê.
nossa. que lindo. e o que vc escreveu no coment do meu blog: eu amei! "Ainda acredito que somos apenas o rítmo e letras, reunidos e unidos em uma música só!"
Ai ai...
E o pior que isso tudo aí foi feito pra mim...
Vi ler os complementos...
Bjos e bom dia!
"Suspensa por mãos sem luva
em castiçal no topo
somente a flor da lua."
lindo!
Aroeira
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