segunda-feira, outubro 22, 2007

O destino de uma vida


Em tempos de Divas
Quando as ruas gemiam escândalos
Quando as rodas não re-paravam erros
Se a carne fosse flácida
Enrijecia ao torno a dilatação esc-ondida
No íntimo discreto do zelo
Para o disparo entre céus
O porto dos olhos deportava
Na lenta navegação os corpos ávidos
Onde a calma nascera sempre ao despertar de toda lua
Para transportar aos relentos

O coito nu

Em sonhos de prazeres
Devastados a libido
– gosto de miragens muito mais que imagens –
No horizonte os florais são gozos
Que exalam versos de estrelas
Nas manhãs taciturnas
De fúria e fogo
O sabor da ambrosia
No inferno de queima-corpos
- o crepúsculo geme as vistas –
Assim, tenros, em ataraxia
Na mente grita
No corpo sente
Os soluços entalados na garganta
E,
A aspereza da navalha que
Degola a liberdade finda da valiosa vida
O ardor dos sais que
Percorrem os mucos de olhos dados
O azedume esperma que
Vence o instante e despreza os limites da fresta
Por fim, jorra nas profundezas do espetáculo
Seu líquido amargo, azedo e cru
Verdadeiro veneno venoso,
deixando incrustado às lânguidas
Das veias caóticas que circulam o corpo da alma
As delícias de uma eterna podridão
Partindo em folículos um passado de falsa paixão
Para o destino marcado falido
De um danado da vida
Para uma Diva nada de mais

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