Os carros estão nervosos
rua alguma é calma
A árvore é miragem
toda esquina um poste
As mãos são frias
nos olhos contidos
A noite padece
toda lua se esconde
O céu é cinza
A cinza é poeira
O copo transborda
quando duas vestes grudam
O beijo é etanol
E emudece o batom
Fúria da noite é valente
A falência do prazer não é injúria
Se todo sono é virgem
Na casa bordel
Eles têm fome
Ela de fausto
Ele varonil
terça-feira, novembro 13, 2007
Hoje
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4 comentários:
"A falência do prazer não é injúria" - naum entendi essa parte...
O prazer falido não é injusto, é a pena do nosso crime.
yes!
Por favor!
Ajuda a que se faça Justiça a Flávia. Se és um ser com sentimentos, ajuda!
Eu jamais invadirei teu blogue, garanto! Mas ajuda.
Repara bem: eu, tu, seja quem for, tem nosso pai, nossa mãe, nosso irmão ou irmã, ao longo de 10 anos em coma, que vida será a nossa?
Se não tivermos a solidariedade de alguém com sentimentos, que será de nós?
TEMPO SEM VENTO
Ah, maldito! Tempo,
Que me vais matando,
Com o tempo.
A mim, que não me vendi.
Se fosses como o vento,
Que vai passando,
Mas vendo,
Mostrava-te o que já vi.
Mas tu não queres ver,
Eu sei!
Contudo, vais ferindo
E remoendo,
Como quem sabe morder,
Mas ainda não acabei
Nem de ti estou fugindo,
Atrás dos que vão correndo.
Se é isso que tu queres,
Ir matando,
Escondendo e abafando,
Não fazendo como o vento:
Poder fazer e não veres
Aqueles que vais levando,
Mas a mim? Nem com o tempo!
David Santos
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