Ela gostava dos esconderijos, dos dizeres impossíveis. Teve de amar pelo oculto, das poesias mais missais, de um pecado fingidor. Conseguiu exprimir dos objetos secos e opacos o mínimo necessário para jorrar essência. Era uma dança soprada, uma alma revelada sem carne. Foi vento dissecado pela esquina da contramão. Quando, de certo, perdeu-se na curva e esvaiu-se por inocência do credo, não soube ler quiromancia mas soube decifrar bem a sentença da ausência. Ausência aquela que de tanto existir nunca soube se ter.
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Bailar
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4 comentários:
Muito legal teu blog, Dani.
Emprestei o "Bailar" pro meu blog.
http://www.descartavel.info/2010/03/02/bailar/
Espero que não se incomode.
Obrigado e um beijinho.
:) vem…
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