quinta-feira, junho 14, 2007

Em dias estranhos eu faço assim:

sem oportunidade oportuno.
O que era já foi, o que vem já vai.
O silêncio não existe,
evaporou
A oportunidade entendeu o início (de tudo),
quando a cala era cálida, atraente e verdadeira.
Hoje o silêncio não existe.
O silêncio não existe e a cala é gelada.
Tão fria que sinto o barulho do calafrio,
do meu arrepio, de todo incômodo.
Entendam e se acomodem!
O silêncio não existe.
A fala muda grita no sono.
O seu desprezo faz festa em meu trono.
E o silêncio não existe.
Tudo recria, copila, copia, revira.
A calma tomou papel do silêncio.
Se acalmem!
O silêncio não existe.
Não grite.
Estou tão próxima e consigo
ouvir o tumtumtum do seu cérebro
o zumzumzum do seu coração.
Sente, respire, transpire e sinta.
Sinta o gosto do sangue destilado
que evapora em seu rosto
nestas gotas de suor sem sal
Agora sinta o pulsar
deste sangue que evapora
Pare, respire e ouça
Ouça o silêncio gritar
Simmmmmmmmm!
O silêncio não existe
E re-virou a calma
A calma para sentir o frio
e observar a alma.

Nenhum comentário: