terça-feira, julho 24, 2007

evolução etária

O que esperar da noite
Quando a tarde arde
Os 20 e alguns anos foram
Eu com 20 e poucos estou
Em 20 e outros já vou
Pra quê?
Contar o que vi?
Não!
Meus olhos de espasmos
Invertem a vista
Caminho frente espelho
Perdida na avenida
Os sonhos derradeiros
Saltam o abismo
Quando fogem do ínfimo
Perde qualquer destino
Nada que senti resta/interessa
Nesta vida que pensei
Se silêncio tornou pó
Não foi pra isso que calei

(Se estou morta ainda sou mofo)

Sozinha me expio
Surda me grito
Cega me caminho
Neste íntimo que não aguarda folia
Acabou a festa
O vidro que espelha orgia
Reflete a fome
Da autofa(o)gia
.

Um comentário:

Tudo o que você podia Ser disse...

Minha querida , adorei os teus poemas , principalmente este que abre o seu blog no dia de hoje.
beijins
Cesar