quinta-feira, agosto 23, 2007

amor?

Sou o barulho complexo do tempo. Uma mão para os tempos pós dos pós dos pós que vier após atados ou a sós. Uma retribuição ao momento, uma contribuição para qualquer instrumento. Podem ser letras ou códigos – destes que sinalizam algo ou significam os signos dos significantes perdidos e a-largados. Assim, sou a sobra que se dobra e redobra e amassa e desembrulha e informa para no fim transformar num móbile – feito enfeite ou instrumento que mostre a presença do vento – móbiles moviVENTAM. Nada que vasculho confere a satisfação de permanecer (o que é permanecer?) só teus olhos dizem sim. E os meus? Que satisfação é essa? Incessante! Vou por aí farejando com meu faro canino de fome, saltando pedregulhos para não padecer. Desvio os granizos das tempestades dos meus pensamentos para não encharcar o mundo de frieza mais que humana. Sou mais humana quando me falta calor. E quando sobra? Quando resta o inferno no meu corpo não sou humana, nem puritana, nem moçola. Sou a cadela louca que também devia ser morta a pau e pedra a fogo e pique/nico/bico e por ali – fico.

Um comentário:

Marise Teixeira disse...

Olá, descobri seu site por acaso. Ou por que eu fazia caso? Não sei. Sei que estou impressionada com a sua escrita, é de uma interpretação magnífica sobre o viver e o morrer... no sentido mais amplo destas duas palavras.
Um abraço!
Marise