quinta-feira, março 05, 2009

Dia da poesia

Dia 04 de março. Um grito no quarto. Era o dia e o sol estava exposto. - Ai ai ai ai ai, o neném vai nascer! Eu que ainda acreditava nos presentes da cegonha, saltava em busca de alcançar meus olhinhos à altura da janela, quem sabe o neném apareceria ali? Corria de velotrol pelo corredor da casa que nos fundos dava o quarto da mamãe. Sua barrigona pulava, parecia um pintinho louco pra sair da casca. Queria mesmo era olhar a minha boneca de verdade, já esperava desde que aprendi a brincar. Papai chegou às pressas sorrindo e carregou a mamãe para o carro. - Pra onde vai, mamãe? Perguntei sem entender. - Fique boazinha que amanhã a sua irmã vai chegar em casa. Ele respondeu. Sai correndo dando cambalhotas. A felicidade perdeu o tamanho de vista. Nesta noite armei uma cabana, coloquei todas as bonecas sentadas e contei a elas que a natureza mudaria de cor e que todas as brincadeiras seriam de verdade. Fiz um roteiro de como iria apresentar o mundo pra minha desejada irmã. O sol de laranja, as joaninhas de botões, a cachoeira de chocolate, as flores de borboletas, a lua de queijo, e como era bom viver... Adormeci. Quando, se não, o trim. Acordei com a ligação do pai e devastou uma gritaria em casa: - Stefanie nasceu! Stefanie nasceu! É uma menina linda, branquinha, das bochechas mais rosas. Gente, que tamanha foi àquela alegria que invadiu todos os meus pedacinhos.

Minha vida ganhou o melhor presente. Dia 05 de março nasceu a Stefanie, um nenem perfeito, minha irmã mais nova, a boneca de verdade que sempre sonhei.

Certamente ganhei uma poesia.

Hoje, faz 21 anos que essa história aconteceu. Foi só o principio que agora se multiplicam em muitas flores, são as minhas maiores alegrias: Davi e Artur.

Ela é a verdadeira poesia e decifrá-la pra mim é entender um pouco mais swobre o mundo dos poetas.

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