quarta-feira, abril 05, 2006

Assumindo tudo

Não quero ter dúvidas que no fundo já sei a resposta, preciso descobrir o que falta em mim (sem tirar coberta, nem o pijama, ser eu com ingredientes picantes ), mas às vezes me falta fase, outras frases. A verdade que deixei de lado o vermelho que colore minha cara e resolvi assumir posto de carente (claro, eu falo de carência só hoje - pra não perder a força e é bem contraditório - mas ser forte é minha arma e meu escudo) estou falando como se fosse pra minha íntima amiga, a consciência, sabe?
Acho que dei conta de mim antes de desacreditar que o mundo era cheio de gente boa, o que me fez bater a cara no muro chapiscado e aprender com a dor. Mas faz valer a dor! Não reclamo não, tô aqui é pra "des-cobrir" e aprender o que a vida permitir.
Me acho no escuro o tempo todo mas acendo a luz e não deixo meus pés tropeçarem por nada. Eu acordo, trabalho, estudo e o que é mais raro também faço - durmo (e mesmo assim eu durmo só pra colocar o ânimo no lugar pra fazer tudo de novo) tudo que faço tem uma sequência, só não digo rotina porque é uma das coisas que eu detesto, sempre bem diferente a forma de ser, eu mudo tudo pra não enjoar de nada, porque afinal de contas não tenho nem escolhas atualmente. E se tiver que ser sincera eu não rasgo nem é o verbo, são os substantivos, sujeito, predicado! Então vou reservar a sinceridade pra não incomodar ninguém.
Acredito que esta falta de fase é passageira, logo eu encontro uma que revitalize ou mesmo faça nascer como quero de verdade. Tenho ideais demais, sonhos demais, e coragem me esperando lá na frente pra agir. Por enquanto tenho medo, o medo é apenas um norteio dos meus passos pra eu não cometer delitos, porque esse querer pula e grita feito implosão pra saltar longe.
Existem horas que a força de ser grande despenca, e você não consegue se achar na história da vida, então tudo se perde, tudo some e você se encontra feito um ponto inútil no universo, são momentos. E nesses momentos que assumo a carência e peço alguém pra me levar no colo, beijar minha testa (simboliza que alguém te respeita - se alguém te respeita você se sente alguém), te dar carinho, aperta as mãos e diz: - Estou com você. Mas não pode ser qualquer alguém. Aí que está.
Não estou aqui pra contar que estou carente desse alguém, até mesmo acho que já encontrei o respeita-dor. Estou aqui só pra assumir que preciso dele e acho que isso é mais dificil que dizer os por quês da causa da carência.

Me sinto uma formiga na ponta do nariz do tamanduá.


Beijosss exagerados pro respeito!!!!!!

6 comentários:

Daniel Santos disse...

Sim

Sem medo.
De choro.
De voar.
De cair.

Ciranda cirandinha,
vamos todos cirandar.
A tua mão na minha mão,
mão com mão e vamos brincar,
de chover ou de chorar?
Te escrever ou te inventar?

Sem medo.
De cair,
não machuca.

Nesta corda de viola todo mundo bate,
nesta corda, todo mundo a sambar.

Sem medo, meus amigos..

Sem medo de pular,
sem medo desta vida,
(porque a vida também é feita disso) do sonho.

Então vamos pular esta corda,
olha para o céu,
olha para o chão,
olha para o céu,
olha para o chão.

Escolha o teu céu,
escolha o teu chão.

Mas sem medo.

Sim.

joão alguém disse...

Cair é sorrir o sangue, por torná-lo livre. Bom ser o nada, o livre, para nos tornarmos o que quisermos ser.

Valeu menina, me inspirou um texto (em breve no blog)

Beijos (semi-respeitosos)

Brena Braz disse...

Que delícia de texto. Tão cheio mas falando do vazio.
Vou te linkar, viu, lindona?!
Beijos

Dé Tolentino disse...

Que coisa mais pura, Dani... eu sinto como se vc escrevesse e escrevesse e escrevesse assim, sem parar... vem da alma isso...
bjos da dé

O Mimeógrafo Pisca-Pisca disse...

Muito bacana!
Lembrei de
"Carnaval, carnaval
eu fico triste no carnaval"
é incidental de algum disco...
finalzinho ou começo de música... baixinho...
não lembro de onde tirei isso!
Vc sabe? Me ajuda.

O Mimeógrafo Pisca-Pisca disse...

Desculpa o comentário era para a poesia abaixo.